terça-feira, 2 de abril de 2013

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Pequenas histórias 52

 
 
 
 
 
 
A luz do meio dia

A luz do meio dia não traduz a opacidade que o ano novo – novo só na folhinha – impinge sua consistência na pele podre da humanidade. Cada ser humano a sente numa orgia desenfreada de cores e sensações que só mais tarde terá a consistência de senti-la totalmente. O que será meio tarde.
Pois o ser humano não tem, e nunca terá a competência de sentir toda a carga emotiva na hora, no momento. Até pode sentir, mas não será com a mesma intensidade quando daqui a alguns dias, ou mesmo daqui a alguns anos, ao rever o momento em fotos ou vídeos, será tolhido pela saudade.
Saudade de um tempo que não volta, não retrocede, mas que todos gostariam que houvesse a possibilidade de voltar.

pastorelli

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