por que acendemos as velas
e fazemos dessa fé um mártir
de pequenos anseios
envoltos em nossos medos ou
solidões (talvez os dois, pois rezamos
pela cartilha dos
desamparados e é rude o dia,selvagem a noite
inóspitas essas manhã de
lutas, os filhos escorrendo seus pedidos
em nossas saias... e temos
pouco...)
filas e filas de nós mesmos, tantas súplicas...
e não fazemos um espelho no
choro do outro,realmente
acreditamos em prêmios,merecimentos,milagres,
nossas vozes até deus
sim
já percorremos dias de graça abundância,amor, esperança
porém,um pouco mais, um
tanto mais, dias e dias, infinitos, redondos de anjos e frutos, os nossos
filhos...
o dia também escorre suas
lágrimas ou, quem sabe, apenas lava da terra
escura os nódulos martírios das dores e lutas
e então uma graça, qualquer
uma, uma amiga, uma confidência
apenas um pequeno ensejo
confirmação de nossa certeza de melhores esperanças.
2 comentários
Bravíssimo, cara Jandira. Abraços.
Obrigada, Pedro, abraço!
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