Reparo que os
detalhes da vida são semelhantes aos gostos e cores. Não podemos buscar apenas
a palavra e a cor sem valorizar o que gostamos como a leitura da obra literária,
em única cor, que denomina as diferentes posições, com variações suficientes
para nos entusiasmar em ideias; inspirando-nos para que tais palavras se
multipliquem, dinamizando na arte literária os detalhes da vida.
A palavra representa o
significado do quanto gostamos, ou não, de uma obra literária, que ainda tem o
poder de se manifestar na construção de poemas de rara beleza. É o caso de Luiz
Otávio Oliani, em relação ao meu livro de crônicas, Comércio de Ilusões/2015,
em que ele, em faísca de criação fez o reverso da leitura: COMÉRCIO de ILUSÕES, dedicado a mim, // não ter quem o leia / não
frustra o poeta // na contramão do mundo / produz versos / à revelia do sistema
/ quem o calará? / quem o trará de volta a realidade?”
O
poema nasceu pelo gosto e cores na inspiração de Oliani que, por detrás das
crônicas, em interpretação única, fez o reverso do momento na busca, no
encontro singular para com a leitura e com ele mesmo; para melhor desfecho trouxe-me
a possibilidade de ver a vida em detalhes que me permitem traçar caminhos para
escrever novos textos com maior profusão de cores.
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