MENTES BRILHANTES
por Tânia Du Bois
Mente brilhante possui aquele que
consegue transfigurar o nada ou o cotidiano em algo que nos surpreende pelo
brilhantismo.
Somos acomodados. Às vezes, sentimo-nos
anos luzes distantes, quando percebemos que as pessoas não nos ouvem e nem
querem saber das novidades na literatura e na cultura; muito menos possuem compromisso...
Será que vale morar num mundo sem
mentes brilhantes? Vivemos apenas da rotina matematicamente imposta?
A vida corriqueira nos leva, muitas
vezes, a pensar que o travesseiro é a melhor companhia, pois, se ajusta ao
corpo, é confortável, não reclama e nem nos pede nada.
Quer saber? Para viver precisamos de
alarmes através de pessoas dotadas intelectualmente, que pensam com a certeza
de que podem nos “cotucar” com suas impertinências, conhecimentos, curiosidades
e criatividades para nos levar a enfrentar o dia a dia, antes de irmos para
casa “conversar” com o travesseiro e excluir suas mentes brilhantes. Nesses
momentos somos salvos da mesmice, não precisando mais do que uma fração de segundos
para reconhecer termos a possibilidade de trocar outros olhares para com o
mundo onde, possivelmente, encontraremos essas mentes brilhantes, porque
talento não tem limites. A partir daí, temos motivos para mudar a nossa rotina no
aproveitar boas ideias, como foi o caso de Fernando José Karl que, em 1997/98,
ganhou o Prêmio Cruz e Souza de
Literatura, com o livro de poemas, Travesseiro
de Pedra; brilhantes título e texto.
Há graça em nos sintonizar com a
cultura literária, pois, ela torna nossa convivência agradável e, com ela, podemos
ir além da rotina. Também, podemos transformar o “talvez” em “sim ou não” para
continuar a viver sem ficarmos indiferentes as mentes brilhantes, que são a garantia
de muitas emoções, como em Laerte na charge “Você está cercado de ignorantes! Saia desse livro com as mão para cima!!”.
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