serpentes de semolina
escorrem por sua cabeça,
Hidra de um verão sem fim,
seus dourados mamilos
inflados por amor á natureza
petrificam os incautos neurônios
daquelas vãs criaturas
que se atrevem a fitá-los
por mais de trinta segundos
em quilômetros de silêncios
na tentativa insana de abarcar
o brilho do púbis fatal
que refletido nas pupilas pagãs
faz saltar do enredado coração
o desejo violento e urgente
que se enrosca em redemoinhos
trançados em um nó da garganta
onde havia apenas a sede
de beber sua alma em conta-gotas
dissolvida entre as borbulhas
de um Prosecco generoso.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
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Musa de Itapuã - Betusko
autor(a): Betusko
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1 Comentário
Que musa fatal, meu amigo Betusko!
vc descreveu exatamente o que acontece qndo uma musa dessa passeia em frente das "vãs criaturas"... heheh Parabéns! Abraço
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