nanamerij.
nos fios do silêncio teus olhos tecem distâncias escuras
tuas mãos lentas tateiam caminhos de plenitudes nuas
nas agulhas do adeus vagas por lembranças só tuas
e da vida ...
essa continuidade de cal e pedra eterna
sem chão, sem marcas, sem margens, sem pegadas
onde tudo se esgarça :- teu rosto é denúncia calada
e enterneces minha pressa de chegar em rasgos fecundos
lacro a palavra sem vigília dentro da dor
..................................................[onde o vazio não se afoga nunca ]
Imagem: Mark Iyer
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