Adelina Velho da Palma.
Manteiga, banha, sebo de carneiro
óleo de fritar velho e requentado
molho de carne frio e coalhado
toucinho mais chouriço e farinheiro
torresmo carbonizado e grosseiro
azeite rançoso e adulterado
incorporam o quimo mastigado
engrossando o sangue do hospedeiro...
Chanfana, sarrabulho e cabidela
geram gordura verde e amarela
que se transforma em pedras na vesícula...
Untos viscosos flúem na corrente
aderindo às paredes lentamente
construindo intransponível cutícula...
Imagem: autor ignorado
sexta-feira, 21 de maio de 2010
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Colesterol - Adelina Velho da Palma
autor(a): Unknown
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2 comentários
um poema forte, verdadeiro e que nos faz pensar...
no nosso próprio corpo e naquilo que fazemos dele.
Um grande abraço para ti
Jorge
Um soneto a ser pensado,
em qualquer tempo e lugar,
basta o corpo engordurado,
para o corpo despencar.
Belo texto poeta.
Abraço
Luiz Delfino
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