Passou.
E não era qualquer vento desses
de dias turbulentos que não deixam rastros
nem pensamentos: que convertidos em pressa
arrancam os pilares de um sonho,
de um riso, de uma pátria...
Tampouco o que desfigura
o campo de flores em relva,
que não permite o pássaro ruflar
ou que nos deixa tão desarmados.
Era um vento brando
quebrando o silêncio com o seu assovio:
musicava vida em tempos de arrepios;
passava tácito pelas casas
e obras eminentes da cidade;
despertava a alma das coisas
em tempos de coisas afugentadas;
apaziguava todo o tráfego, estrada, rua
e o céu e o mar rubros de sangue.
Mas era um vento efêmero, fugidio. Que pena!
*
foto de Pierre Verger
E não era qualquer vento desses
de dias turbulentos que não deixam rastros
nem pensamentos: que convertidos em pressa
arrancam os pilares de um sonho,
de um riso, de uma pátria...
Tampouco o que desfigura
o campo de flores em relva,
que não permite o pássaro ruflar
ou que nos deixa tão desarmados.
Era um vento brando
quebrando o silêncio com o seu assovio:
musicava vida em tempos de arrepios;
passava tácito pelas casas
e obras eminentes da cidade;
despertava a alma das coisas
em tempos de coisas afugentadas;
apaziguava todo o tráfego, estrada, rua
e o céu e o mar rubros de sangue.
Mas era um vento efêmero, fugidio. Que pena!
*
foto de Pierre Verger
2 comentários
Em primeiro lugar gostaria de dar parabéns pelo incrivel blog, me apaixonei pela organização e belza simples de tudo aqui.
E segundo, mas não menos importante, que poema mais gostoso de se ler assim de manhãzinha. Estou sem palavras, muito lindo o modo como você escreve. Parabéns, de verdade.
Eu tenho um blog também, espero que você se encante como eu me encantei com o seu, dá uma chancezinha fazendo uma visita:
http://tacadesabedoria.blogspot.com/
Se quiser deixa um comentário para eu saber sua opnião!
Lindo Pablo, parece uma canção.
açs
Patricia
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