segunda-feira, 27 de setembro de 2010

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NUM CANTO DA TARDE - Fabrício Brandão



Esgotar a pilha de canções do poetinha,
Enquanto se espera alguém chegar.
Entre versos e planos,
É bom ter a cabeça apoiada no inverso da cama.
Os xamãs que percorrem o quarto
Incensam preces disfarçadas em poemas de amor.
A gente que anda por aqui agora
Faz companhia aos círculos de fogo acesos no chão da mente.
Ainda uma cidade de bons tons atravessando janelas.
Há cor no cheiro daquele que fica.



Imagem: autor ignorado




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