Nenhum poeta está no quarto onde a mãe recebe um pedaço do filho. Aquele que ela amara de bem antes do parto.
O filho não devolvem. Enviam uma bota que ela nunca engraxou – suja de sangue, sem brilho: o calçado que o levou em sua última rota.
O sangue também não é seu, de linhagem: é de alguém que ele matara com um tiro, que aos pedaços recebeu outra mãe, em outra bagagem.
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