Fecho os olhos, mas a escuridão não vem.
Posso ver o brilho dos holofotes daquilo que poderia ter sido.
Meu futuro é nada mais do que o correr em círculos ao encontro daquela melodia macabra do sucesso.
Tento enganar minha dor com o ópio dos “projetos” que sempre estou estudando.
O aplauso que nunca vem dá lugar ao ácido que me consome em forma de frustração.
Mas, afinal, não somos todos personagens de nós mesmos?
Que ato insano é este que me impede de avançar?
Faço tudo certo. E, certo, estou de estar me enganando.
Preparo o gran finale.
Giro o tambor e tiro a sorte grande na “roda dos infortúnios”.
No momento derradeiro, um choro. Minha fã número 1. Minha filha. Meu amor maior.
Faminta de atenção, ela roubou a cena. Foi o que bastou. Vou viver e brilhar para sempre.
Imagem: Tana D.
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