((fotografia de arno r. minkkinen, "self-portrait, banks, oregon", 2005)
35.
aquele que escreve no limiar do fogo vive apenas na certeza das mãos. são elas que dizem da hierofania maior: a que parte do rosto e descende à altura dos dedos, como se o homem-outro fosse uma extensão do rosto e das pétalas salientes da pele.
aquele que diz é apenas quem diz. e quem pronuncia as três verdades do som: o om, a sílaba, a palavra. verso algum poderá existir que não aspire ao ventre das mulheres.
jorge vicente
(in hierofania dos dedos. temas originais: 2009)
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
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poema 35
autor(a): jorge vicente
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2 comentários
Quanta sensibilidade e talento, Jorge! Tenho o privilégio de ter recebido "Hierofania dos dedos" autograda por você, obra que recorro sempre, quando preciso colocar poesia aos dias sempre corridos... Parabéns!!!
Obrigado, amiga.
É preciso trazer o poeta / o poema para a rua, fazer dos seus poemas Vida em nós e nos outros.
grande abraço
jorge
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