quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

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CARAVELAS - JANDIRA ZANCHI



Movimentos? Quase só
os conheço aos poucos,
dos incomensuráveis
me poupo em cada pouso
para amar caravelas

antes de chegar-me
assumo a distancia

o espelho da nave
era sombra e, excluído,
fez-me crer que mais graves
são as manhãs de domingo
quase sempre amigas
dos papéis em branco
das recordações recortadas
dos múltiplos feriados.

Quando se surpreende o móvel,
no movimento ou no esquecimento?

Quando se forma a forma,
na correção ou na divagação?

são infinitas as maledicências
da matéria, as fazem de forma
a estarmos em constante humilhação
da derrubada dia e ponto
noite e selo
nas armações de suas venturas
mudadas de tática e conteúdo
à piragem da Nave.

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