segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

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O Menino da Gaita - Capítulo VII


Nossa filha nasceu no dia do início da Primavera. Linda como um sol! Pequena, rostinho miúdo, olhos escuros bem abertos. O médico disse quando a ergueu para que a visse – “Sua filha é um gênio” - e riu.

Com o nascimento dela nossa rotina mudou muito. Amamentava no peito como recomendara o pediatra, ela dormia em seu próprio quarto, coisas que me deixavam esgotada, tendo que levantar várias vezes durante a noite e ir de meu quarto ao dela, para amamentar, ver por que chorava, e tudo o mais. Sempre fui magra, mas o parto, a amamentação, as correrias noturnas, esgotou-me de tal forma que em certa ocasião precisei ser internada para recuperar, tão magra e debilitada estava. Fiquei no hospital por três dias, com proibição de visitas. Estava magra como um cadáver. O Luan esteve sempre ali ao meu lado, cuidando-me, dando apoio. E nossa filha crescia cada vez mais parecida com o pai e sua avó materna. Desenvolvia rapidamente. Muito inteligente e sapeca.

Nós três vivíamos felizes!

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