domingo, 2 de janeiro de 2011

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1 de janeiro

1 de janeiro

Após o pão e circo,
sigo em busca da ciência de desinventar.

No vazio do salão amanhecido
ainda ressoam os ecos dos champanhes,
os alaridos esperançosos,
os sussurros de cumplicidade.

De sólido,
ficaram os confetes e serpentinas,
que nada entendem da solidão.


Jorge Elias Neto
(do livro Rascunhos do absurdo - 2010)

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