Será amanhã, ou o dia depois,
A noite das adagas de aço
Uma noite com chuva de chumbo...
Virei do espaço, com o meu elefante
Dumbo, de turbo com o meu Jumbo,
Disfarçado de Peter Pan.
Poderei até emprestar do Oriente
Um Otelo monge meditando num templo
Zen-Budista, bem no caminho do meio,
Ou no meio do teu caminho, dizendo-te:
“Meia ou Inteira? Identidade, por favor!
Senão lançarei a coorte dos quarenta ladrões
Contra os vitais góticos da tua janela,
E meus possantes corcéis negros
Pisarão pelas encostas virgens e alvas
De teus abismos e tuas curvas vertiginosas,
Sensuais, minha desavisada donzela da pele olorosa,
Dos lábios rubros que me enfeitiçam
E cuja seiva hei de sugar.
Hey, Sugar!
Não me tente, Baby, senão, maybe,
Qualquer dia hei de chegar, dilacerando-te
Em mil pedaços perfumados, e devorar-te-ei
Para, em seguida, explodir-me no universo reverso
E regressar ao meu estado primeiro:
Black Hole.
Realizarei, assim, meu Complot,
Meu bote,
Meu Coup d’État.”
© Jean-Pierre Barakat
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
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COUP D'ÉTAT
autor(a): Jean-Pierre Barakat
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