domingo, 30 de janeiro de 2011

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E se?

Estou com um punhado de felicidade sua guardada aqui, 
apertada em minhas mãos. 
Logo mais a tarde sopro em sua direção e 
faço cintilar o teu sorriso nervoso e infantil. 
Essa felicidade é um resto que guardei ainda morna. 

Se faço esconder lágrima na chuva de verão
é para, simplesmente, não escancarar a minha melancolia 
nessa estação que esquenta o nosso melhor,
que já é tão pouco e delicado.

Se danço saudade fingindo que é carnaval
é para, simplesmente, colorir tua ausência monocromática.
E se ainda fico vagando entre estradas
é para desfarçar a urgência que sinto 
em permanecer em algum lugar que você está.

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