terça-feira, 18 de janeiro de 2011

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a noite abrir-nos-á



(fotografia de man ray, "paris", 1929)


6.
eu digo: chamaremos as mulheres e invocaremos o sacro império do corpo. não existe pedra maior (ou mais bela) do que aquela onde dioniso se esconde, o deus entre os homens, a pedra ante a gélida raíz dos antepassados. formaremos uma roda e imitaremos o som de todos os animais. todo o poema é proibido: só a origem, a hierofania do ritual e da pele contra pele.

jorge vicente

1 Comentário

Maria João

O Céu e a Terra unem-se ("pele contra pele"), nesta dança da Vida, onde pulsa a "mesma energia que acende o sol, que anima os mares e faz florescer as cerejeiras"...
Belo poema, amigo Jorge!
Um abraço de parabéns

Maria João Oliveira