terça-feira, 25 de janeiro de 2011

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Sujos, cansados e descalços


_____________________________________________________segui você  com  esses pés descalços sujos  de  areia,  sujos  de  sujeira  da  Lapa  e machucados pelo samba. Fui seguindo pelos becos a tua voz que não me chamava.
Cheguei  à  tua  vida  como  andarilho  sem rumo,  como  uma  estranha.  Entrei  no  que  lhe  é particular, deixei você me entrar.  
O Sol do Flamengo já ardia na janela do teu apartamento, mas  ainda  havia  tempo  de  você  me entrar,  de  se  esquecer  nas  minhas curvas,  pele  e lábios.  É  isso  que  tem  pra  hoje:  sexo.  E  algumas palavras trocadas. 
 
Deixo você no que  lhe é particular, visto o meu  short  sujo,  pego  a minha  prenda  na  porta  da tua sala. Não, não posso ficar.
Volto  pelo  caminho  errado  que  cheguei  ao certo. Vou  cantarolando  qualquer  canção  que  saiu do  teu  violão  na  noite  passada, vou  caminhando com os pés descalços e  sujos, com  sujeira de uma tola meretriz.
Sumir?  Não,  eu  não  costumo  sumir, embora,  às  vezes,  o  faça  sem  o  menor  remorso. Hasta.

1 Comentário

Jorge Xerxes

Thabata,

Curti!

"segui você com esses pés descalços sujos de areia, sujos de sujeira da Lapa e machucados pelo samba."

"Sumir? Não, eu não costumo sumir, embora, às vezes, o faça sem o menor remorso."

Um Beijo, Jorge X