Escrevo o tudo que nada tenho
E escrevo o nada que tudo trago
E nada escrevo porque o escrever
É decifrar o indecifrável
Que na alma tenho e perdura.
Escrever! Como se sou um enganador
A escrever o que penso ter
E não percebo o nada que a cansada
Pele me aflora?
Escrever! Como se tudo me foi proibido
A nada ter - somente a morte
Parindo a vivida vida que não tenho?
pastorelli
foto: pastorelli
1 Comentário
Caro Pastorelli, que bela construção! Parabéns!
Se de acordo, pretendo utilizar como ilustração, em uma das minhas crônicas.
Abraços, Tânia.
Postar um comentário