sexta-feira, 22 de julho de 2011

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Homenagem a Lucien Freud

Máscaras fracas e baratas,


que cobrem seu rosto por encosto

e impedem o seu medo,

o seu medo de revelar

dentro do lar, no mar

e só por trás, nesse cais

é capaz, oh rapaz

de olhar e calar

as verdades e vaidades,

banais, carnais e infernais.



Máscaras fractais, sensacionais;

máquinas faciais,

terminais,

plenas de rosticidades

nas cidades sociais e ficcionais.

É daí que você constrói

e depois rói e destrói

as máquinas trágicas, desejantes,

errantes e dominantes.



Seu rosto em carne-viva,

indefinida, dolorida e ferida,

acostumada às fachadas

risonhas e engessadas,

não quer largar,

não quer rasgar, nem chorar,

para não revelar

a miséria do eu

doeu, doeu,

DO EU!!

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