Após os esclarecimentos sobre os roubos e a vida voltar ao normal com todos os envolvidos e seus pertences de volta, minha filha e eu fomos tentar seguir as orientações do detetive do hotel, para encontrar algum parente que porventura quisesse falar conosco.
Fizemos diversas outras tentativas. Visitamos a embaixada para termos suporte legal, fomos atrás de parentes do lado de meu pai e minha mãe, mas infelizmente não conseguimos nada. Mesmo as pessoas que nos receberam não se declararam como parentes. Os italianos preferem mesmo não se relacionar com pretenso aparentado seja ele quem for.
Ficamos deveras tristes, porque a esperança de nos encontrarmos com pessoas que nos abririam os braços e diriam – "Oh! Que felicidade em termos encontrado parente de tão longe", mas tivemos apenas – "Não! Não temos parentes no Brasil", - "Não! O nome não quer dizer nada. Não somos parentes." E assim por diante. Vai lá saber o que se passa na cabeça dos humanos. Só Deus mesmo! E olha que tinha uma senhora que era a cara de minha mãe! E um dono de carrinho de cachorro quente que era a cara de meu pai!
Mas valeu a viagem. Valeu a aventura de vermos em ação até um ladrão internacional, além dos passeios que fizemos enquanto estávamos na procura de pessoas que julgávamos fossem como nós, mas que não eram.
A volta foi alegre, e quando chegamos ao Brasil todos queriam saber como foi lá. Quantos parentes encontraram? São ‘gente boa’? ‘Gente boa’ são com certeza, só a cultura é diferente, os anseios são diferentes, e são desconfiados que só!
Uma pena!
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