Morro um pouco a cada dia, mas não a morte natural, esta que é óbvia.
Morro sentimentos, toques e tantas sensações...
Morro um pouco as emoções.
Renasço, dorida em mim.
Espinhos machucam partes que ninguém vê.
Jazo, nos sonhos desfigurados, porque morro minhas mãos, mas não me mato.
Morro os olhos... os pés...
Morro as veias molhadas de lágrimas doces e salgadas.
Morro a boca que nasce ao pé da garganta seca do preso cansaço.
Só não morro a lua que acende todas as pratas.
Só não me morro apesar do pouco de vida que há sobre as feridas.
Só não morro a saudade e a solidão, porque estas me matam aos pedaços.
Por Malu Silva
Imagem retirada do Google
Por Malu Silva
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1 Comentário
Sempre que releio, encontro mais beleza neste poema.
Beijos, Malu.
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