quarta-feira, 9 de novembro de 2011

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LIVRO: LUZES DE OURO PRETO



Visitando um Sebo em Florianópolis, encontrei o livro Luzes de Ouro Preto (uma raridade, sem ano de edição), que foi projeto da Associação Cultural Avelino A. Vieira, com o objetivo de homenagear Minas Gerais e retratar “o brilho e a luz de uma cidade iluminada”, com espírito natalino.
No livro são encontradas imagens que, iluminadas por artistas de sensibilidade, espelham Ouro Preto nas artes. Artistas esses que transformaram palavras e emoções através dos seus trabalhos. São eles: Carlos Bracher, Fani Bracher, Jorge dos Anjos, Fernando Lucchesi, Gê Fortes, Annamélia, Guilherme Mansur, Eduardo Trópia, Milton Trópia e Carlos Scliar. Poetas que fizeram da palavra, arte e memória, revelando as suas verdades.
O livro é um encanto, uma luz. Como diz Orides Fontela, em teia: “A luz está em nós: iluminamos”.
Entre tantos, cito Carlos Bracher, por admiração; pintor que obteve o “Prêmio de Viagem ao Estrangeiro”.
Todos os artistas, de certa forma, são considerados estrangeiros dentro da cultura; pois não são lembrados como deveriam ser: “poetas das artes”.
Pedro Du Bois, em seu poema, mostra-nos o estrangeiro:

“Resta a paisagem / onde os olhos distraem os sentidos:
o viajante pontua a passagem / em imagens.
...
Resta o que vê de paisagem / nua e inquieta dos ventos:
rotula o esboço / e o transforma
no desenho virtual / do século aprazado

sobreposta, a paisagem incorpora
suas marcas...”

Pintar e poetizar é a melhor parte a ser visto e vivido. É o que de melhor o mundo considerado dos estrangeiros nos oferece.
E nas palavras do poeta Cléber Teixeira, “um livro só ganha vida própria após transitar por um sebo”.



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