A escola lhe causava arrepios! As poucas vezes que fora até o feio e escuro casebre que servia de estabelecimento de ensino no povoado, só serviu para irritá-lo. As crianças maldosas em sua inocência perguntavam: "Hei Perônio! Onde está a Tíbia?" – ou coisas do gênero. Os diabretes sempre o ridicularizavam, pelo nome ou pelo seu jeito um tanto altaneiro e arrogante que assumia como defesa natural. Por essa ojeriza escolar ele mal sabia ler e escrever algumas poucas palavras.
- Pra que serve isso? Não me faz nenhuma falta! – dizia a quem o interrogasse.
Algumas vezes seu pai perguntava mais por desencargo de consciência do que por verdadeira preocupação, se havia alguma coisa que o interessasse além de correr pelos pastos como um potro rebelde. Não. Não havia nada neste mundo que quisesse mais que isso. Essas corridas lhe faziam bem à alma. E por aí ficava a preocupação do pai, que orgulhoso pensava: Rapaz bonito esse meu filho, veio igual à mãe!
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