I - A PASSAGEM
13.
Amadeu e a floresta defrontavam-se. Os séculos, quase com generosidade, curvavam-se na genuflexão. Desde que se alcançara a senda do Portal era noite levantada e seca de altivez. O ruído, imantado, estanque, potencializado de silêncio. Rumores alcançavam o Executor em quase todas as suas latitudes, certificando-o da origem e da primazia.
- Não me deterão – prometia-lhe Alonso. Antes que se colem ao caldo de minhas vestes, será a foice a fúria de minha aurora.
- Faça de cada partícula da sombra a tua guarda – ensinou-o Amadeu. De a muito que tremem por favorecer-se em imagem iluminada.
- Não me tem por menos do que um filho. Procurou se travestir de macho, mas, ainda é a fêmea nubente da espiral.
- Não descansou enquanto não trouxe até si o cutelo de sua vaidade. São ameaças deitadas no amor.
- Esses valentes que preenchem tanto espaço de si mesmos sempre acabam por atordoar-se ao pé do Altar.
- Se quiserem desfavorecê-lo com falta de espaço ensine-os da pertinência de tua espada. Alcançarei todo o porto da retaguarda, de a muito a tenho ciente de minha força. Principie a marcha de teus homens. Meus sacerdotes estarão imersos no canto da Montanha
-
Que se faça a fúria fornecida
em suas sete patas de Virgem
travestida Lua no Sol.
Minguada e Vermelha, ardente
de seus primeiros passos
CENTRÍPEDA
lançada por sobre a superfície
a alegoria da ciência.
Estarei por pouco mais do que
Vinte e sete entretidos momentos
ataviados aos teus segredos.
Nenhum deles me escapará
até que arredonde – UNO –
o eixo rebatido e rebolado
do teu descanso
(sabe bem de si o Corpo que se deu forma.
Jamais se deitará antes de curvar-se
Até a borda do Cordão de Segurança).
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