quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

0

depois da queimada




























há uma dádiva nas pausas sem paragem:
vislumbra-se na escuridão o fogo,  tímido
perante a ternura das águas doces

os corpos molhados trabalham ao tempo
o que restou das cinzas sem sentido.
nos momentos de sol  a força brota,

as pupilas amadurecem
sem desassossego ou fantasia.
os gestos antigos calam-se.

sonia regina



imagem: autor desconhecido


Seja o primeiro a comentar: