Já não tenho mais o lenitivo da ignorância,
Nem espero imantada genialidade.
Já não creio nos senões que a esperança
Planta aleatoriamente em mocidade.
Estou sempre a meio passo da bonança
E em cada passo surda ansiedade,
Mas se colocar meus passos na balança
Verei que nada caminhei, dura verdade.
Sou como a seta imóvel em cada instante,
Sou como Aquiles perdido entre metades,
Imaginando um movimento entediante
Que sempre se cogita, mas não parte,
E a ver o alvo tanto mais distante
Quanto mais errante o passo sem vontade.
domingo, 11 de março de 2012
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Aquiles e a Tartaruga
autor(a): Márcio Ibiapina
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