sexta-feira, 2 de março de 2012

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ZARAGOZA ( OU QUALQUER CIDADE )

                                                                   

Zaragoza, comoção em concreto , pedra e nostalgia cansada . Teus sonhos interpretam - se a sí mesmos , no fulgor mortiço de uma aurora manca . Secretos momentos , homens sinistros , mulheres formosas , numa beleza que mesmo andaluz , ainda seria bem tua .Paira um ocaso apodrecido no vitral da igreja e se espalha do sol  a uma nave qualquer , espacial ou gótica , zombando dos vindouros de nossa existencia , recortada em papel marché contra o horizonte baixo e largo das tuas ruas , embora perfurado por tantos prédios que nada dizendo , tudo falam de ti , um tudo nada , pelo avesso de tudo , á encruzilha do tempo com a razão caolha ( senão prática ) , que nos empurra a desistir de nós mesmos numa praça qualquer , á sombra de qualquer coisa enquanto árvore ou  objeto obscuro do descanso de olhos cansados de nada ver , sequer o próprio delírio .

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