O ANJO
1.
Quem é esse que se aproxima e
disponibiliza? Os olhos levantam torres no céu, crivam-se de audácias
arquivadas, são louros e insultos. É advindo, tal príncipe, da carruagem do
rei. Ilha de terra e água, redoma de vidro e vapor, liso de branco silêncio.
-
Enfim...
- Se me
demorei foi nas encruzilhadas destes teus caminhos.
- Agora,
sente-se aqui.
- Não me
direi honrada pois tantas vezes deflorada.
- Já
tenho pronta uma nave amaciada e branca, lírios de paz.
- Ao teu
lado descansar...
- e
enviar...
- Umas
morenas e pratas estrelas conjugando-se no verbo . E então ?
- O
método discursa-se com alguma métrica.
- Suponho
que sim.
- Para
que permaneças e conheças o princípio do Verbo do rei, te ofereço essa cabana.
-Tem muita luz... aspiro um dourado néctar de
ligeirezas e amplitudes no azul desses aposentos. A quem falarei ?
- Cantaremos pares díspares de arremessos.
- Ao deus retornar.
Olhou-a com muita profusão de inquietude.
Ainda não sabia se a amaria, porém, estava certo de que não a desonraria. Não
era um braço que lhe oferecia, antes, um fio de pena e espada
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