quinta-feira, 10 de maio de 2012

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poema dez de "hierofania dos dedos"





 (fotografia de Samer Mohdad, "The Remains of the Old City of Marib, Yemen", 1994)



os antigos. aqueles que já partiram. e estão nas paredes
das casas e das igrejas e das pedras que assinalam datas,

aqueles que voltam e recuam e morrem outra vez, e outra,
até cair de bruços na terra quente,

esses morrem de morte natural
de morte que nunca foi escura,
de morte que nunca foi branca,

com a felicidade de terem amado
e ascendido à condição de pedra

sem, ao menos, entenderem
porque razão o dom da liberdade
se subtrai às palavras dos anjos

Jorge Vicente

2 comentários

Jorge Xerxes

Salve Meu Xará,

Um Excelente Poema!

Apreciei Especialmente as Três Últimas Estrofes.

Um Grande Abraço, Jorge

jorge vicente

Um grande, grande abraço, meu Amigo!!!!

Muito obrigado!
Jorge