sexta-feira, 15 de junho de 2012

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A CABRA - Soneto de Adelina Velho da Palma


A CABRA                 


Na encosta mais íngreme e escarpada
na montanha mais crua e interdita
descobri-te, criatura bendita,
de entre os dotados a mais dotada!...
Vi o teu pasto de fraga gelada
vi tua toca onde só vácuo habita
percebi tua altivez de eremita
que pra medrar não carece de nada…
E eu, que não passo dum ser humano
acostumado a de tal ser ufano
renego o orgulho, esqueço o brio,

reconheço a dependência e a fome...
Doravante, sempre que ouvir teu nome
pra mim não é insulto, é elogio!...
Adelina Velho da Palma














1 Comentário

Jorge Xerxes

Adelina,

Apreciei Muito o Seu Poema!

Destaco:

"vi tua toca onde só vácuo habita
percebi tua altivez de eremita
que pra medrar não carece de nada…"

E os três últimos versos.

Um Beijo! Jorge