A CABRA
Na encosta mais íngreme e
escarpada
na montanha mais crua e
interditadescobri-te, criatura bendita,
de entre os dotados a mais dotada!...
Vi o teu pasto de fraga
gelada
vi tua toca onde só vácuo
habita
percebi tua altivez de eremita
que pra medrar não carece
de nada…
E eu, que não passo dum
ser humano
acostumado a de tal ser
ufano
renego o orgulho, esqueço
o brio,
reconheço a dependência e
a fome...
Doravante, sempre que
ouvir teu nome
pra mim não é insulto, é
elogio!...
Adelina Velho da Palma
1 Comentário
Adelina,
Apreciei Muito o Seu Poema!
Destaco:
"vi tua toca onde só vácuo habita
percebi tua altivez de eremita
que pra medrar não carece de nada…"
E os três últimos versos.
Um Beijo! Jorge
Postar um comentário