Bate a massa!
Bate na massa a tristeza, que escorre na manteiga e gruda na farinha.
Bate a dor em neve, mexe tudo com cuidado, que a vida desanda.
Junta, aos poucos, os punhados de mágoa acumulados no peito
e deita num tabuleiro untado com lágrima e polvilhado de solidão.
Leva ao forno médio, pra não queimar os sonhos.
Retira e corta, ainda quente, a ilusão.
Serve frio, acompanhado de calda de resignação.
Enfeita com sorriso e fita.
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