Régua lisa e desdentada,
regra viva e libertina.
Mera pausa? Mesa farta?
Rega a seca vespertina.
Mal calçada, descoberta,
virulenta e cabotina,
contamina o poeta,
a emaranhada rima.
Guerra justa, proveitosa,
terra fraca, saturada,
passa faca, beija a amada,
desconserta a rotina.
Pois caminho de poeta
passa pela velha rima.
Jorge Elias Neto
1 Comentário
Meu Caro Poeta e Xará,
Um Poema Simplesmente Genial!
Meus Parabéns e Um Forte Abraço,
Jorge
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