quinta-feira, 6 de setembro de 2012

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UM TEMPO FEITO DE FLORES...



Sem pressa e entre o infinito do tempo arei teu corpo.
Soprei em tua face poeira dourada de vento,
Vendaval de sonhos, em noite quente e sem ar.
Floresci em teus olhos fios de riachos,
Amores líquidos, como mercúrio,
Aquecendo um som telúrico,
Num eterno cantar.
Plantei fundas raízes.
Cavei, com as mão, frágeis terras...
Enrosquei-me na hera do que não era real.
Estendi delicada renda,
Tão prata quanto a própria lua,
Cortina difusa a decorar minhas madrugadas escuras,
Onde tu eras o longe
E, eu, o aqui,
Passeando num tempo feito de flores...
Talvez fosse a Primavera a nos esperar.

Imagens do Google

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