“Uma rosa é uma rosa, é uma rosa...” O poema
mais célebre da norte-americana Gertrude Stein aparentemente não diz nada, mas
ao mesmo tempo diz tudo para os que apreciam a beleza, o colorido e o perfume singular
de uma rosa, com suas pétalas aveludadas que deslizam nos dedos... “As rosas
não falam... simplesmente as rosas exalam...”, já dizia o saudoso Cartola, em
uma das suas mais belas e inesquecíveis composições.
Não por acaso, é uma das flores mais
populares do mundo, cultivada desde a Antiguidade. Estudos apontam que a rosa
cresceu nos jardins asiáticos há 5 mil anos. Na forma “selvagem”, teriam sido
encontrados fósseis há 35 milhões de anos!... Cientificamente falando, pertence
à família Rosaceae, com mais de 100
espécies e milhares de variedades...
Mas para os que apreciam o seu indiscutível
aroma, esses detalhes técnicos pouco importam! Aos que cultivam, a satisfação
vem com o desabrochar da flor, após todo o esmero com o plantio e os cuidados
com a roseira.
Há os que gostam de presentear com rosas,
como uma forma de expressar seus sentimentos de amor ou amizade. E para os que gostam
de serem lembrados em datas especiais, ou surpreendidos por um buquê, receber
rosas é muito prazeroso.
Portanto, quando entrei no palacete
construído pelo arquiteto e barão do café Francisco de Paula Ramos de Azevedo -
a Casa das Rosas - espaço cultural da
Avenida Paulista, bem no coração de São Paulo, fiquei bastante impressionada. A
edificação, aberta ao público, sedia
exposições temporárias e saraus de poesias.
Imponente e requintado, o espaço proporciona
uma volta no tempo. Os detalhes arquitetônicos se mantém praticamente intactos,
assim como grande parte do mobiliário. Chamam a atenção os vitrais e a
majestosa escadaria que leva aos aposentos superiores. Sem dúvida, um local
perfeito para um filme de época!
Mas é no jardim, repleto de rosas, que o
visitante mais atento pode captar toda a poesia do lugar! Elas estão ali,
altivas e belas, fortes e frágeis ao mesmo tempo, enchendo os olhos de quem as
aprecia e exalando um suave perfume... Fico tão tocada com a beleza e a magia
do lugar que não resisto a cheirar uma das rosas e a registrar em fotografia... Como
não levar uma perfumada lembrança da Casa das Rosas?...
Sônia Pillon é jornalista e escritora, nascida em Porto Alegre (RS) e desde 1996 radicada em Jaraguá do Sul (SC), Brasil.
4 comentários
Malu,
Vivi 25 anos em Genebra, onde se pode admirar um jardim imenso que contém apenas rosas. De todas as espécies, de todos os tamanhos, de todos os perfumes.
É um lugar ideal para passear e refletir e sentir o cheiro das flores que nos encantam de tanta beleza.
Beijinho.
Sônia,
Parabéns pela Crônica: Gostei!
"Mas é no jardim, repleto de rosas, que o visitante mais atento pode captar toda a poesia do lugar!"
Um Beijo, Jorge
As rosas sempre deixarão as mãos de quem as ofertam com a alma, perfumadas.
Lindo este divagar sobre a rainha das flores. Abraço-te!!!
Obrigada pelas palavras! Realmente senti o lugar como Pura Poesia, um lugar literalmente perfumado por rosas!... Beijos
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