não falo desses olhos
ou dessas espreitas no terraço e na mesa...
não há interesse ou
vontade na poesia de fugir do sujeito e
sua cordilheira
de astros armazenados e
flutuados nas sombras ou na luzes
não existe motivo ou
centelha de verdade além da cauda da lua
maviosa morena
misteriosa
surgindo na noite
profunda intensa de seu vácuo e eternidade
a alma sentada em seus
mantos e prantos encantada com o milagre
o movimento os seres e a água
a luz e o meio tom do
impenetrável final de tarde
então, o concreto e a
paz entremeando a jornada
o porque e o não sei
mais o que
essas sentenças que não
se pontuam e nem finalizam
pois é o sonho no
centro ou nas paralelas o som da poesia
essa fadiga do encanto
e do silêncio – é quase água.
2 comentários
Jandira,
Belíssimo e Inspirado Poema!!!
Meus parabéns e um beijo,
Jorge
Quase água - gotas talvez de um pranto que jorra de pura emoção. Abraços
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