domingo, 27 de janeiro de 2013

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A NOVA VELHA (soneto de ADELINA VELHO DA PALMA)





A NOVA VELHA

De longe faz lembrar uma menina
empoleirada nos saltos da mãe,
embora de estatura muito aquém
duma ideal figura feminina…

A cabeleira ruiva estilo crina
aderna num ridículo vaivém,
o traje é colorido, vê-se bem,
demasiado até, pra gente fina…

Mas eis que tal visão se aproxima
e nos permite enfim grato prazer
de lhe colocar bem a vista em cima…

Só então nos é dado perceber
verrugas, flacidez e pantomina
de velha que não soube envelhecer…

Adelina Velho da Palma

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