quarta-feira, 24 de julho de 2013

0

BRUXAS



Bruxas? Perdidas? Confusas? Decididas?
Decididas, elas resolvem sair em busca do sentido de suas histórias. Partem em missão para resgatar o que não quer ser resgatado: histórias engraçadas e tocantes sobre a magia. Tatiana Belinky conta, “Queria ser bruxa, porque achava as fadas muito boazinhas.”.
Bruxas usam seus talentos e se envolvem em situações desastrosas; por exemplo, no conto A Bruxa e o Gamo (Edelbra), “... até que uma bruxa malvada apareceu. Ela era muito maldosa e encantou o menino que o transformou em gamo. A menina pediu muito à bruxa que não fizesse aquilo, mas ela respondeu que não gostava de meninos e, por isso ele ficaria assim...”. E, encontro no conto Eu não creio nas bruxas, mas que elas existem, existem.. onde Mel conta a história das bruxas, os símbolos e tradições.
Da onde vêm as bruxas? Como podemos encontrar uma bruxa? É só aparecer à bruxa e muda o rumo da história, tirando o fôlego das crianças, como em Lambão e o Gnomos das Cores, de Otávio Augusto Barbosa, “O duende bruxo roubou as cores dos meus lápis, disse Nenê, fazendo beicinho...”.
Descobrir o maravilhoso mundo das princesas e das bruxas é desafio e divertida brincadeira. E, também, propõe a reflexão sobre momentos de crise, contribuindo para o enfrentamento de situações como: medo, dificuldades, comportamentos, etc. É assunto que, quando abordado, se destaca pela coragem do leitor e pela otimização da compreensão dos conceitos. Mas, é preciso, antes de tudo, se livrar do medo, esse sentimento que impede a criança de acompanhar a história com risco de não se divertir.
Marta Melo, em seu livro infanto-juvenil, As Inventações da Bruxinha Tatá, conta história onde a personagem Tatá inventa ser uma bruxa, porque está com problemas, mas, depois, tenta desistir de ser bruxa, mas sua vassoura dificulta a escolha, criando um mundo de faz de conta. Até as palavras voam para casa, deixando Tatá sozinha na floresta; porém, ela consegue voltar para casa. Será que ela era mesmo uma bruxa?
Os escritores, inspirado nas bruxas, buscam formar leitores conscientes do tempo e da sociedade em que vivem, despertando neles o senso crítico e a curiosidade, além de valores como a tolerância e o respeito pelas diferenças. Criam novas histórias com o intuito de despertar, através da imaginação, a criatividade da criança e ampliar seu universo para ajudá-la a compreender o que parece inexplicável.

“... Quero assustar as bruxas/ perturbar os duendes/ que sei escondidos em teu quintal./ Vou ferver a água/ fazer o chá/ enquanto percorro cada ruga/ cada músculo/ enquanto te caminho/ entregue aos teus contos....”. (Miriam Portela)

Seja o primeiro a comentar: