sábado, 20 de julho de 2013

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FIOS DE SEDA - JANDIRA ZANCHI



Nas corrientes correntes estremeço e vacilo
dias de calda amarela e puída junto ao
teu sol de menosprezo e estrela guia

acompanha-me horizonte vadio e aberto
nesse mesmo ocaso sem fronteiras e barreiras
o tempo desnutrido e arrogante com seus meios tons
alucinados de marchas e feitos
são escolhas arremedos prontuários
       -quase ímpares  - 
para esse longo caminho em seus curtos dias
regados de temor e esperança

o espectro do concreto matriz subjetivo objetivo
nutritivo nauseante sufocando almas róseas e louras
nos seus trilhos de fios de seda e angústia

quantos – bem nascidos –tolheram-se
e apagaram sua estrela em flor
por entre poemas e sustenidos ?
  
nem o bem pensante ou o suave andante
a dor da alma ferida  em sua sapiência menina
de alegria e simplicidade não se cumpre
para nenhuma e justificada integridade

apenas, e sempre, para o momento
e em consequência, a eternidade
se abre e talvez, só por isso, desdobra-se
enquanto avança a corrupta estória
de entes e fatos
para além e despregada de pulsão e núcleo.

                 A JANELA DOS VENTOS (EMOOBY- 2012)

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