Estava
bastante satisfeito, tinha vencido tudo o que havia para vencer na sua agência
imobiliária. Era o número um em vendas há meses consecutivos. A sua empresa
reconhecia-o: tinha comprado espaço publicitário em diversos jornais, em que
juntamente com as propriedades a vender surgir a sua imagem em termos
vitoriosos.
Mas
queremos sempre mais, não é verdade?
Neste
momento o nosso personagem conduz pelos interstícios do trânsito urbano.
Tamborila com os dedos o volante do seu automóvel. Vê-se que está confiante.
Via
encontrar-se com um líder de uma empresa concorrente. Já estacionou e
encaminha-se agora para um café discreto na Baixa da cidade.
-
Bom dia (diz o nosso personagem).
-
Ora viva (responde o líder da empresa concorrente).
E
o diálogo vai-se desenvolvendo.
-
O que lhe proponho no fundo (insiste o líder da empresa) é que considere
integrar o nosso projeto. Damos-lhe condições económicas aliciantes. Seria bom
para todas as partes.
Enfim,
pediu tempo para pensar. Mas estava francamente inclinado para a mudança.
Passados
meses a sua vida tinha se transfigurado totalmente. Trabalhava com um muito
melhor salário, o negócio subiu em flecha. Não pôde foi negar um certo dissabor
ao ver cartazes da sua antiga empresa espalhados por toda a cidade:
«Eis
a sua imobiliária, a primeira imobiliária nacional a vender o seu próprio
vendedor…»
Afinal tinha sido vendido?!
*
Mantém blogue Ladrão de Torradas, veja aqui
Afinal tinha sido vendido?!
*
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