quarta-feira, 20 de novembro de 2013

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ANDARILHA - JANDIRA ZANCHI



estimo-me quase santa e sabedora, embora, que esqueci
uns cem mil réis de vespertinas vitórias e alecrins
alegro-me com a vivenda enquanto é vasto/limitado
o decorrer do dia diamante nessa terra lisa de lisuras
quase esqueço nos muitos tropeços
a necessidade andarilha da vida – quando abre um horizonte
novamente a quadrilha e sua sina se levanta e satisfaz com pares,
mercadores e ímpares, vésperas de vestíbulos acionados
nesse mercado mortificado, vai ancorando-se de multiplicidade
e vagarosidade cada dia encolhido e luminoso....
são tantos os céus e os infinitos e os cristais e os crédulos e
os crucificados e os mortificados
terra aleatória em mares navegados
crepúsculo dos lares e laços
na fronteira arvoredo de aço e alhures
abre suas flores.

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