sábado, 9 de maio de 2015

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Pequenas histórias 144





Esgoto-me na burguesia






Esgoto-me na burguesia paciente de rodar os sentimentos em várias direções sem ter um objetivo certo e aparente. Saio todas as manhãs com a simples necessidade em acreditar no que poderá me suceder ou que mesmo venha eu provocar algo e, me desespero ao findar o dia, que tudo correu dentro da rotina massificante do prazer de apenas existir. Quando o sol deita seus raios no horizonte das fragilidades, recolho-me dentro da redoma delicada de sentir, no fundo do copo, a saudade do que não tive e que um dia poderei, quem sabe, ter na totalidade.
Muito fiz e o que recolhi, está impregnado nos passos trôpegos, às vezes confiantes, onde recolho pedaço por pedaço do cristal partido a ferir minhas mãos. Você não está nunca esteve acompanhando, processo por processo, toda a evolução intelectual social de um ser. Você nunca foi esteio onde pudesse apoiar meus costados cansados de tanta incerteza e duvida.O futuro é anunciando toda vez que o sol desponta acordando as manhãs.

pastorelli

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