sábado, 15 de agosto de 2015

0

RAMEIRA - JANDIRA ZANCHI



a que rigor me refiro quando situo espada e canção
no andaime da razão?

talvez a essa ausência de modos e esquadros que, se ainda
se vergam e modelam lápides e curvas e algumas vidas,
envergam-se nos verdes vestíbulos das ausências ou
permanências ou frequências ou indolências

ou moradas de pudor ou essas sacadas armadas por sobre
as eternidades e efemeridades (claras companheiras)
surtadas e almoxarifadas de prendas e pendores brancos
anestesiadas de fogos
                      e ainda louras de frias certezas...


amenas nas tardes levitadas de levantes e léguas
distâncias prenhes do decorado desarranjo do estigma
    vida violácea varrida de seus véus e vernáculos


estio esticado ..... esfarelado pendor da vontade

enigma essa razão razoável
riscada e rameira nessa outra atuação.


JANDIRA  ZANCHI

Seja o primeiro a comentar: