posso cantar
a lua e atravessar o vento
ou lamentar
o tempo em sua quadratura de fiéis cordeiros
semi livres
soltos ao léu
crentes, de verdade, de que é amplo e renascido cada momento
em virgem
viajem de liberdade ainda que tarde...
são frias as
manhãs de cada empenho
são nuas as
faces em seus segredos
são fáceis e
sem pudor as ansiedades morosas, escondidas, vaporosas
dos seres
massa malévolos de crespa dor em seus ninhos
]
imolados de solidão
pedintes de
dulces dádivas em suas mantas
que
escorregam de qualquer forma
a forma a farma a fama
a saga o
sangue o suor o sinistro
] o destino
o destro e o
molesto
seqüestro
de paixões
(é vermelha a noite
notificada do vão
vácuo e sem pudor
estribilho da estrada)
mandíbulas
de aço abrem-se, inertes, iniciadas enquanto contextualizadas,
avulsas/aviltadas
quando despidas de suas imaginações
se ainda não percebeu
nenhum tamanho tem o ato (nem o contrato)
apenas são vésperas de
sonhos, que distraídas, percebem a brincadeira,
e, meninas, sorriem.
e, meninas, sorriem.
JANDIRA ZANCHI
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