terça-feira, 1 de novembro de 2016

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DESNIVELAMENTO - JANDIRA ZANCHI

Ilustração: Pinterest


madrugada de véus  enviando ao deus
(esse cerne de altivez/vertical de bom diapasão)
o calor da mordaz esfera de um canto

companheiro , quase saciado da neblina feroz e aérea (estridente)
da caminhada, ritmada polca de muitos marítimos

é terra e água em cada chegada
murmúrios cinzas dividem o ar, aquele que ainda se faz escutar,
pois, de estrelas próximas e não tão rugidas de caos e dor,
pedaços de consciência se mistificam e retomam,na miséria assinada
e adulterada da mancha marcha contínua de todos os vultos

é o altar do guerreiro que fulmina esse aparente desnivelamento do ser

 a fome fúria dos brandos ventos que ainda não ditaram sua cor.

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