A
razão é nosso bem maior ao demonstrarmos sua dominação como questão de
sobrevivência. Com certeza, tenho agonia ao perceber a maldade e nada poder
fazer. Até tento, mas, os “senhores do mundo” não visam conceitos e nem
respeitam a imagem e muito menos se preocupam como o nosso discernimento.
Sinto-me
agoniada por conviver com o poder sem limites, num mundo em que o homem se
impõe como denominador (nada muda além do o tempo e das ferramentas) e altera seu
comportamento. Ficamos longe das medidas que, pudéssemos opinar e as transformar,
seriam nossas conhecidas.
Agonia
ao viver tal situação; coloco a razão como única manifestação válida para maior
compreensão. Leonardo Munk escreve que “O
homem se serve da razão para organizar o cotidiano”.
A
agonia se apresenta no cotidiano, caracterizada pela lógica cruel dos dominadores,
em que tudo soa falso e incabível num mundo de reflexão crítica. O contrário
seria dizer que ultrapasso os limites da ordem temporal e estrutural. Em Mario
Quintana, “... lembra-te que para alguém
nós somos as antípodas: um remoto, inacreditável povo do outro lado do mundo,
quase do outro lado da vida – uma gente de se ficar olhando, olhando,
pasmado...”.
Agonia maior sinto
quando não sei onde está o princípio da igualdade, que precisa habitar os
direitos e deveres. Somos forçados a dar conformidade, onde tudo tem seu preço?
Nessas
premissas o nosso bem estar agoniza, por vivermos nesta sociedade que –
rapidamente - perde espaços para as desigualdades.
A
razão expõe limites entre o falso e o verdadeiro; o racional enfrenta o irracional,
este, fruto da ignorância e supertição. Ressalto que ao perdermos a confiança na
razão, passamos a viver agoniados, ofuscando a claridade que encontramos no
mundo; como em Júlia Du Bois, ”... Agora já crescida / sofri uma desilusão /
pois com este mundo / eu sonhava em vão”.
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