sabes, nem de letras nem de coisa alguma nasceram
as idéias forradas de terra e rocha, senão dos beijos
que saltaram ao vento em montes nus da doçura da erva;
tampouco sofreram a erosão das águas como os barcos
presos às âncoras na boca do rio, enquanto à margem
envelhecia a crueza dos desafetos.
escuta, nenhuma saudade apaga o clarão no qual viajam
os pássaros para o sul e, nas serras baixas, o relevo
ainda se esmera em sinuosidades,
não vês? é numa espuma vigorosa que despenca a cascata
que não chora o rumor oculto na pedra;
é ao novo olhar do mar que se faz verde a direção da manhã;
é na serenidade dos astros que a noite é mais azul.
que saltaram ao vento em montes nus da doçura da erva;
tampouco sofreram a erosão das águas como os barcos
presos às âncoras na boca do rio, enquanto à margem
envelhecia a crueza dos desafetos.
escuta, nenhuma saudade apaga o clarão no qual viajam
os pássaros para o sul e, nas serras baixas, o relevo
ainda se esmera em sinuosidades,
não vês? é numa espuma vigorosa que despenca a cascata
que não chora o rumor oculto na pedra;
é ao novo olhar do mar que se faz verde a direção da manhã;
é na serenidade dos astros que a noite é mais azul.
Imagem: Fred Frank
4 comentários
Tão sublimemente poético. Que lindo!!!
a noite mais azul
o verso mais bonito.
o teu.
beijinhos, amiga
jorge
Amiga Sonia,
Que Belíssimo Poema!
Quanta Inspiração!!
Essa Obra É Verdadeiro Encantamento!!!
Um Beijo, Jorge X
Paola, Jorge e Jorge,
obrigada, queridos, pela leitura e comentários. Fico mesmo feliz e isso que dizem me instiga e motiva a continuar com os versos - a prosa anda me tomando...
bjs da sonia
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