sábado, 30 de janeiro de 2010

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Fragmentos - Belvedere Bruno

Belvedere Bruno


Enfim, cansara de justificar o gênio dele . O que parecia charme, força, personalidade, agora era visto sem cores, sem formas. Nu.
Frases intempestivas a baquearam por vezes incontáveis, porém sempre as aceitara movida pela paixão. Hoje, causavam uma profunda apatia dentro de sua alma. Parecia loucura seu coração ter um dia vibrado em descompassos por aquele homem. Como num livro, cuja leitura tediosa causa peso nas pálpebras e conduz ao sono, ela, já cansada, deu por encerrado aquele fragmento de sua vida, consciente de que a própria existência é um capítulo, com início, e fim.






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2 comentários

Bruna Maria

Olá, Belvedere.
Se tal lucidez for possível para nossas vidas, acho que pouparemos muito desperdício ao insistirmos em situações findas, que já não têm mais jeito. Seu fragmento é objetivo, direto e muito bem escrito. Parabéns!

Anônimo

Muito obrigada por sua atenção. Volte sempre! Abs
Belvedere