segunda-feira, 29 de março de 2010

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- Astronauta - Thabata Lima Arruda

Fui ali chorar onde seu foguete partiu sem mim.
É de chorar esse abandono, se é.
Se não fosse, não estaria a dançar de tristeza aqui,
onde seu foguete partiu sem mim.

Todas as suas noites serão iluminadas ponto a ponto,
com luzes estelares pontilhando seu céu.
E daqui, a Lua ilumina a minha.
noite clara, sem ti. É de chorar.

Não ligo se suas estrelas caem.
Se cadente é a tua estrela do céu, eu da terra não sou.
Eu só canto daqui que são rodopios seus beijos todos.
Todos beijos seus me envolvem.

Fui ali solfejar uma canção de encantar.
Encantamentos para você regressar da tua nuvem.
É de chorar esse abandono, se é.
Se não fosse, não estaria a dançar tristeza.

Ah, meu astronauta! É tão pouco o tempo que sou sua.
Tempo que escoa, que sobra sem você aqui.
Ah, meu sonho do céu! É tão extensa essa distância.
Distancia sua melancolia, para que possa voltar.
Distancia seus pesadelos, para que possa sonhar novamente.

Fui ali sorrir onde o seu foguete partiu,
quem sabe assim você regressa da tua estrela para mim.

São rodopios seus beijos todos.
Todos beijos seus me envolvem.
Me envolva em teu coração,
enquanto alegro seu cotidiano.
É de chorar essa sua partida.
É de chorar essa dança triste, se é.

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